quarta-feira, fevereiro 28, 2007

O fim da brisa

Cercado por conversas, estou só.
Isolo-me voluntariamente, inconsciente.
O Mundo escurece, esconde-se da razão
Que noutra hora se impunha,
Num momento de brutas estrelas
Que violentam o escuro céu maçado,
No meio da modorra do espaço vazio.

Estou só. Abandonei-me, só.
Esqueci-me de quanto vento passou
Quanto vento sopra nesta brisa,
Aponta-me os caminhos supérfluos
Que me levam todos à mesma meta,
Ao vale em que tudo parou
E onde a solidão me invade o corpo.

Gonçalo Taipa Teixeira
9 de Novembro de 2003

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

How to Love You

Pass the first brush of shoulders,
Forget the timid and elusive smiles.
Ignore the embarrassment of the introduction
Or the intrusive first stutter.
Never mind the hand-holding walks
And the bold time-consuming kisses.
These are all easily replicated
When love is young.

Beyond flesh and reaction
There’s a ballroom on every corner,
And a quick kiss behind every word.
Sharing dreams on the mountain top
Or drying tears on a silent shoulder.
One childlike smile in every look...
This is how I love you
Again, every day


Gonçalo Taipa Teixeira

(Porque hoje é dia de São Valentim)

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Teu ombro

Na imagem do teu ombro
Que foge do resguardo da tua intenção,
Soas a outra razão...
Aquela que o teu querer afoga.

Descrente daquilo de que duvidas
Em dúvidas plenas de quem és.
Soas a falso, mesmo sem o seres
Mesmo sem o quereres...

Gonçalo Taipa Teixeira
23 de Junho de 2004

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