sábado, maio 05, 2007

Ventos incoerentes

São partidas que o vento prega
Estas que o sonho inventa,
Sonho de um qualquer guardanapo
Em que um dia me perdi;
Incoerência de um relâmpago
Que o trovão apaga, surdo.

São miragens que a Lua esbanja
E a razão afoga, indecisa,
Sem que o Sol se imponha;
Impõe-se antes a brisa, o arrepio,
De um qualquer desvio
Que o mar não corrige.

Nem partidas nem miragens.
O vento muda a Lua, traz a brisa,
Chora a escolha,
Culpa a sua ausência,
Dura...
Incoerente.

Gonçalo Taipa Teixeira
12 de Agosto de 2004