sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Apodrece

Inerte, esgotado.
Músculo outrora teso,
Escapou à vontade viva
Do meu cérebro sem alma.
Olhos baços, sem côr,
Sem mãos que os limpem,
Agora que para nada servem.
Memórias perdidas, apagadas,
Sem propósito justo, inútil.
Apodrece já, a minha morte.
Nunca tardia, nem prematura.

Gonçalo Taipa Teixeira
12 de Agosto de 2005