Alentejo dos barrancos
A planície afasta-se do Guadiana
Amontoa-se à beira-rio
Em ondas ralas ou rochosas.
Montados de brancas casas
Semeiam sinos e sinetas
Que balem num choro insistente.
Alguns cabeços penteados
Abrem caminho entre as árvores
Desgrenhadas, algumas desusadas.
As pedras rebolam encosta acima,
Afloram aos pés das ribeiras
Que se perdem pelos barrancos apertados,
Acamados pelos latidos dos cães.
As estradas, de terra, reclamam,
Chamam a si o abandono;
Abrem alas ao desaforo motorizado
Arrastam, lentamente, o conforto...
E é neste alentejo dos barrancos
Que eu choro e espero.
Gonçalo Taipa Teixeira
Mértola, 17 de Novembro de 2003
Amontoa-se à beira-rio
Em ondas ralas ou rochosas.
Montados de brancas casas
Semeiam sinos e sinetas
Que balem num choro insistente.
Alguns cabeços penteados
Abrem caminho entre as árvores
Desgrenhadas, algumas desusadas.
As pedras rebolam encosta acima,
Afloram aos pés das ribeiras
Que se perdem pelos barrancos apertados,
Acamados pelos latidos dos cães.
As estradas, de terra, reclamam,
Chamam a si o abandono;
Abrem alas ao desaforo motorizado
Arrastam, lentamente, o conforto...
E é neste alentejo dos barrancos
Que eu choro e espero.
Gonçalo Taipa Teixeira
Mértola, 17 de Novembro de 2003
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