quinta-feira, junho 22, 2006

Morte da vontade

Intensa lua que se abate em mim.
Cai-me em cima, escura e fria,
Apaga o sol dos meus lábios
E o brilho dos meus olhos, nunca existiu.

A areia cai e eu não me mexo.
Estremeço, de vez em quando
Como um vulcão que berra e cospe,
Mas não me mexo, só.

Nem as moscas atraio, desinteressadas,
Nesta morte conquistada sem dor.
Fui vivo por breves instantes,
Mas morri, sem vontade para nada...

Gonçalo Taipa Teixeira
11 de Novembro de 2002