Ouvi um cuco
Ouvi um cuco insistente
Chamar a montanha à razão
Porque inclina as costas doridas
Porque o negro fogo a cansa
São fantasmas e esqueletos
Furam o horizonte, afiados
Apontam ao sol, queimados
Como se a vida ali parasse
E as pedras, eternas, roladas
Polvilhadas pela encosta
Espalhadas como migalhas
Como estrelas que o céu largou
Ouvi um cuco
Mas as asas não abriram
Gonçalo Taipa Teixeira
28 de Abril de 2006
Chamar a montanha à razão
Porque inclina as costas doridas
Porque o negro fogo a cansa
São fantasmas e esqueletos
Furam o horizonte, afiados
Apontam ao sol, queimados
Como se a vida ali parasse
E as pedras, eternas, roladas
Polvilhadas pela encosta
Espalhadas como migalhas
Como estrelas que o céu largou
Ouvi um cuco
Mas as asas não abriram
Gonçalo Taipa Teixeira
28 de Abril de 2006
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