terça-feira, dezembro 06, 2005

Fosse eu uma brisa quente

Fosse eu uma brisa quente
Carregado de cantos frescos
Numa calma manhã de Agosto
Passeando a rouca voz
Pelo teu corpo florido

Fosse eu uma pena de gaivota
Nas asas de prata adormecida
Num real sonho de Verão
Tocando, fazendo sorrir
A doce seda dos teus lábios

Fosse eu a crista de uma onda
Subindo, furioso, ansioso
Espumando, de braços abertos
Atirando-me em mil desejos
Entre as tuas madeixas de areia

Fosse eu um simples toque
Um leve roçar, um beijo
Uma gargalhada escondida
Atrás de um papel inventado
Onde escrevi que te amo...

Gonçalo Taipa Teixeira
1 de Julho de 2000

Há já nove anos que viajo de mão dada com a inspiradora deste texto. Foi este o poema que escolhi para assinalar este dia seis de Dezembro.