quinta-feira, novembro 17, 2005

Quero viver

Levem-me daqui, ideias esvoaçantes, pensamentos errantes que não sabem onde pousar. Levem-me, mas para bem longe do conformismo em que vivo, da pasmaceira em que fervo...
Quebrem-se as rédeas deste sonho controlado, quero um sonho tresloucado, sem nenhuns ideais, só pensamentos banais.
Lavem-me, lágrimas, deste pó inerte, que em vão me adverte, para me manter na rotina, um tédio de disciplina que mata lentamente e tortura duramente.
Salve-me quem puder, por que eu já morri, quero agora viver.

Gonçalo Taipa Teixeira
11 de Setembro de 1997