quarta-feira, setembro 27, 2006

Truthfull lies

Painful mirror filled with memories
Recollected lives passing through it
And leaving no prints embossed

A ticking hand passes slowly
Pressing the waiting to an unlikely halt
And leaving only a quick regret

Sleepless eyes and tired legs
Are all that is left behind along the way
When all you wanted was to live

So stealthily it flew past the mirror
As the hand ticked away without delay
My only conclusion past this truth
Is that time is a liar.

Gonçalo Taipa Teixeira
26/09/2006

Este é o meu primeiro texto em inglês desde que cheguei a Gales.

segunda-feira, setembro 25, 2006

Não me leias!

Não queiras ler o que escrevi…
Não queiras entrar neste quarto solitário,
Nem olhar as paredes arranhadas,
Cheias de laivos de sangue, um calvário…

Não queiras saber porque não te vi,
Nem porque não te enviei mensagem…
Iria usar as palavras que já li,
Falsos sonhos, uma miragem…

Toda por dentro, tenho vontade de chorar
Toda eu sou a dor a passar…
Porque tenho este segredo…

Toda vou morrendo lentamente,
Sem encontrar a palavra eloquente,
Que por te amar, tenho tanto medo…

Joaninha (Isabel)
23.09.06

Este, como se pode ver pela referência, não é meu. Acho que merece o tributo.

segunda-feira, setembro 18, 2006

Asas perdidas

Perco penas das minhas asas;
Perco as asas dia a dia
Arranca-mas o vento, uivando,
Ou as palavras que me atacam
Desfazem-me o espírito, cegas,
Gritando-me que estou errado.

Já não posso voar nas alturas
Onde os sonhos são livres e claros
Onde os gritos e os berros se riem
Sem saber o que é o pecado
Ou até onde deixam ir os sorrisos.
Mas as asas são coisas de doidos...

Gonçalo Taipa Teixeira
10 de Agosto de 2003

sexta-feira, setembro 01, 2006

O tempo

Sopra, numa brisa pequena,
O tempo que a palha leva.
Sacode os girassóis contidos
Coreografando a monotonia
Com que os ponteiros escorregam.
Barulho intenso, sem ideias.
Leve caminhar, inteiro,
Que soa a desespero
Irrecuperável. Inevitável.
É o tempo que escoa,
Como um rolo compressor.

Gonçalo Taipa Teixeira
1 de Agosto de 2005